domingo, 21 de novembro de 2010

domingo, 3 de outubro de 2010

VEJA SÓ, O RETORNO

Não sei se é bom ou ruim, mas ultimamente há uma sincronia entre o conteúdo que apresento aqui no blog e noutros pontos da internet com a revista Veja. Desta vez, não foi aqui no blog.

Fiquei muito aliviado pois comecei um projeto há pouco mais de sete dias, e a Veja mais recente (03/10/2010) publicou o tópico sobre esse tipo de trabalho; a produção de conteúdo para YouTube.
Já tinha esse projeto alinhado há um bom tempo, e resolvi tirá-lo do papel no dia 23/09/2010. Confesso que a execução do trabalho não ficou perfeita, e acabou por se tornar uma série de vídeos-piloto; ou vídeos-"demo" (anglicisimo pra: demonstrativo).
Acertei em antecipar a publicação dos vídeos. Se tivesse esperado, perderia a corrida pra Veja que, de certa forma, estraga qualquer assunto por colocá-lo em seu catálogo semanal de papo furado e jornalismo pop.

Abaixo está um de meus vídeos, e o site do projeto:
http://www.youtube.com/watch?v=WG2XmIN9SGc
http://blocodebolso.com.br/

sábado, 11 de setembro de 2010

CARTA

Pelé foi um verdadeiro Mino Carta dos gramados.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Hélio Schwartsman e Folha E.T.

Acabei de ler um artigo de Hélio Schwartsman sobre vida extra-terrestre.

Enquanto lia o texto, cheguei a certa lógica que é difícil de contra-argumentar. O colunista citou Peter Ward e sua hipótese "Terra rara", que descreve nosso planeta como uma situação rara no Universo.


Daí penso o seguinte: o planeta terra gira em torno do sol, num sistema perfeito de sincronia absoluta que gera toda vida natural.

São quantas estrelas no Universo? Quantos sistemas-solares? De acordo com a CNN, o número está em 70.000.000.000.000.000.000.000 ou setenta sextilhões de estrelas. Equivalente ao número de grãos de areia deste planeta, multiplicado por dez.

É possível argumentar que todas essas 69.999.999.999.999.999.999.999 estrelas, que tem órbita de uns 10 planetas cada uma, sejam todas bolas de fogo circuladas por bolas desertas?

Isso é que é desperdício de energia solar.

PESADELO CHILENO

Confesso que a notícia dos mineiros chilenos me assustou. Contei ao amigo Marco Aurélio há duas semanas sobre como tenho certo trauma de uma situação parecida; estar preso, confinado. Não é claustrofobia, mas medo de estar preso e sem saída. Como nas palavras de Tolkien, em que a personagem descreve não temer a morte mas temer uma jaula.

É pesada a história de não contar aos mineiros que o resgate só deve acontecer em 4 meses. Francamente, acho que não deviam ter contado pra nimguém pois é talvez um dos piores 'detales' de toda essa situação.

Muitos já entraram nas plataformas de bate-papo na rede, e discutem como é possível que vá demorar tanto? Um figurão já lembrou que o relógio de ponto deles está correndo, então devem ganhar essas horas-extra. Não há espaço pra humor, mas algo que me confortou é a seguinte idéia que deviam apresentar aos mineiros:
"Temos uma notícia boa e outra ruim; a boa é que todos vocês ganharão um milhão de dólares ao saírem daí. A ruim é que demorará quatro meses."
Vira um tipo de Big Brother, e sem dúvida tornará essa tragédia menos dolorida. Sei que dinheiro não paga o que provavelmente sofrerão, só que isso acontecerá de qualquer forma, não é? Uma grana dessas pode não resolver o problema, mas acho que muda alguma coisa.

A suposta demora a resgatá-los é estranha. Dizem que os EUA têm patentes a máquinas que já funcionam em segredo militar, e que poderiam salvar os 33 mineiros em poucos dias. Nesses tempos de tecnologia avançada, 4 meses pro resgate parece mais com idade das cavernas. Em 4 meses, recebendo alimentos e água, os 33 mineiros saíriam de lá cavando com uma colher de sopa cada um.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

TRÂNSITO PARADO

Hoje, o clichê do taxista falante me serviu às palavras que seguem; fiquei surpreso pois o motorista ficou exaltado em reclamação da falta de espaço nas vias paulistanas. Contei a ele que trânsito parado não me incomoda.

A solução é encontrar formas de aproveitar o tempo perdido dentro do carro, parado ou a baixa velocidade do "engata, desengata". Aliás, lembro quando fiz 18 anos e dirigia ao colégio mas morava muito longe. Pegava uma avenida travada todo dia, e ficava irritado que o "engata, desengata" não permitia um cochilo no trânsito.

Sou baterista/percussionista, e percebi há muito tempo que o tempo perdido era perfeito pra estudar rudimentos de percussão. Seja com a baqueta em uma das mãos, que aplica exercícios repetitivos e necessários ao ofício musical. Pandeiros são alternativas mais animadas, e até cavaquinhos, aos que estudam as cordas; sempre há como aproveitar o tempo perdido.

Há 2 ou 3 anos, vi uma palestra de Ken Fujioka (quem?), um famoso publicitário que apresentou fatos interessantes: "o tempo é a nova moeda". Lembro que uma personagem que apareceu num único episódio de Chapolim era um super-herói estadunidense, interpretado pelo cara que fazia Seu Madruga, dizia "time is money".

Antigo ditado/chavão que acho que ouvi no Chapolim pela primeira vez. Ken Fujioka reforçou esse conceito, cada vez mais verdadeiro e aplicável.

O taxista respondeu que assiste filmes no dvd, que não é exatamente do que falo, mas serve. Ideal seria se telas fossem pregadas no pára-brisas. Assim o trânsito permaneceria no campo de visão do motorista. Tem horas que estou cansado, e ouço boas rádios (Aliás, acho que meu próximo post será sobre vantagens de ouvir rádio. A principal: sempre ouvir música boa que nunca ouvimos antes) e quando canso de música, ouço CBN, Jovem Pan AM, sempre uma maneira de valorizar o tempo perdido.

Portanto, descubra maneiras de valorizar seu tempo. Tricô, cubo-mágico, sudoku, desenho ou até leitura. Possibilidades são infinitas, e só alerto ao cuidado: não causar acidentes. Portanto, se for ler ou fazer sudoku, coloque o livro no topo do volante. Assim, o pára-brisa não saíra de seu campo de visão.

Já bati o carro trocando CD's, mas nunca enquanto estudava rudimentos de percussão. É só estar atento ao fluxo, e lembre-se de manter distância do carro da frente. Se você brecar de forma repentina e não bater, e o carro de trás entra em colisão com o seu, azar o dele.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

VEJA SÓ

Como publicação, a Veja tem suas qualidades. Uns dizem que, "virou um catálogo". O que mais critico é uma série de elementos previsíveis; sempre há ao menos uma foto bem erótica de uma mulher, normalmente na seção de citações (Panorama) ou na seção de notas curtas (Gente).

Critico a previsibilidade pois semana passada, Sra. Brunet estava monumental. Portanto, a previsão é sempre de que a foto seja desconcertante.

A capa da Veja mais recente (11/08/2010) trouxe manchete interessante aos que gostam da arte escrita. Não gostei da matéria, mas um quadro específico na última página me espantou.

"A BOA POLÍTICA DE IMPORTAÇÕES"

Detalhava assunto que há tempos discuto, e tive a sorte de colocar neste blog antes da matéria ser publicada.

Chegou a tal ponto que, abri o blog e comparei com o que dizia o quadro e a chance de reclamar direito autoral bateu na parte externa da trave. O quadro, com o título que coloquei acima entre aspas, aborda o anglicismo (sem usar esse termo) e suas variações atuais na linguagem popular. Primeiro, apresenta exemplos de palavras "Use à vontade"; Show, Mouse, Site, E-mail, Download.

1. Meu texto (escrito em 20/06/2010) tem a seguinte como segunda frase: "...entendo que a palavra 'site' não precisa ser 'sítio'..."

Na Veja: "Site - 'Sítio' soa muito lusitano e é muito pouco utilizado".
Aí a revista usou o mesmo exemplo, e concordou comigo.

2. Mais adiante, escrevi: "É ótimo que não existam frescuras como exigir que 'mouse' seja raduzido, mas é algo que deve ser EXCEÇÃO."

Na Veja: "Mouse - 'Rato' seria um equivalente um tanto asqueroso".

Aí a revista também usou o mesmo exemplo, e concordou comigo.

3. Ainda coloquei 'Delivery' como anglicismo da moda, e ao contrário do que detalhei sobre os exemplos acima, não concordei com seu uso.

Na Veja: 'Deliverar' é apresentado como derivado de "to deliver". Não entrarei no assunto referente à tradução dada pela Veja, mas o fato é que usou um exemplo quase igual ao meu, e concordou comigo mais uma vez.

Já que este blog não tem alcance e talvez até nenhum leitor, assumo a coincidência com a qual fico orgulhoso. Cantei a bola, acertei nas opiniões (posto que opiniões da Veja tenham credibilidade) e posso afirmar que as semelhanças estão no limite entre o normal e o "opa, peraê".

Fiquei contente, pois não gosto dessa linguagem 'fashion'.


domingo, 1 de agosto de 2010

MEDÍOCRE SUPOSTO

Já faz algum tempo que estou empolgado com Facebook; um portal que uniu funções do velho Orkut com o jogo do Twitter. Comecei a entender o vangloriado Twitter graças ao popular Facebook. Essa idéia de fornecer um trilho contínuo de atualizações (updates) em tempo real, é uma sacada inteligente.

Percebo certos comportamentos, uns mais evidentes e outros que não são tão claros, mas interessantes.

Começo aqui com o aspecto opcional de compartilhar vídeos, links, ou arquivos que geralmente exigem um segundo passo ao 'espectador' que acompanha o quadro de atualizações.
Facebook é, antes de mais nada um portal de mídia social, mas tornou-se um centro que se beneficia da idéia conhecida como 'micro-blogging' que oferece atalhos práticos à troca de informação.

Micro-blogs são espaços ideais à sociedade que se interessa em compartilhar novidades, mas entende que tempo é algo quase inexistente, portanto novidade só funciona se é descrita num resumo.

Portanto, vídeos e links compartilhados acabam recebendo menos atenção. É evidente, pois não apresentam valor na etapa imediata, e sim uma abertura ao valor eventual. Percebi tal situação e acho interessante, mas também assumo que é chato.
Colocarei um 'post' no Facebook sobre isso, mas o fato é que uma personagem reconhecida no site sempre terá um alcance maior.

Celebridades e/ou profissionais reconhecidos têm a única garantia prévia de crédito. Outros participantes, mesmo com histórico de impacto recorrente nas manifestações postadas, normalmente não conquistam espectadores por sugestão.

Imagino que participantes com criatividade reconhecida também produzem impacto mínimo quando 'posts' são indiretos; links, vídeos, ou quaisquer ofertas indiretas de conteúdo interessante que não esteja dentro de limites micro-blogueiros.
É curioso, mas também um comportamento esperto. Primeiro que o tempo é limitado a qualquer coadjuvante do capitalismo. É consenso e praticamente um fato.

Talvez exista o fator ligado à natureza de pura recomendação, que não representa talento direto da personagem que origina tal sugestão; não é uma demonstração de talento e sim um incentivo ao espectador que passa, a sair do site e ver outra coisa.

Minha conclusão, no momento, é de admitir o seguinte: quando coloco um link de site, vídeo, arquivo, ou qualquer outro tipo de informação, é porque é coisa boa. Não me atrevo a ocupar o espaço no trilho de 'postagens', a não ser que seja conteúdo brilhante, e interessante
ao publico geral , sem falar em relevância e elegância.

Em resumo: se coloquei no trilho contínuo de interações de mídia social, é porque estou certo que é material que merece toda atenção.

Saudação!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

AUTO-PERFEIÇÃO

A história foi descrita por um mestre numa aula na qual eu frequentava; o programa de computador que corrige cantores desafinados já havia sido descoberto muito antes e, supostamente, capitães da indústria da música disseram,

"...não, é melhor que isso não exista; é errado."

Hoje, auto-tune ou auto-afinação é um padrão não só presente, como é um dos carros-chefe no arsenal tecnológico da produção musical.

Minha opinião é talvez raramente assumida, pois gosto muito do auto-tune. É como um "super-poder" pra cantores, e mesmo que Ella e Elis tinham poderes maiores, o auto-tune é diferente e agrada ouvidos de maneira nova.

A questão em pauta é a seguinte; esse chamado auto-tune nada mais é que um filtro que corrige imperfeições de cantores. Não sou cantor, e talvez ficasse triste se fosse e tivessem que usar muito auto-tune em minha voz.

Pessoalmente, gosto de ouvir a beleza, meus orgãos auditivos se importam com nada além do som. Auto-tune é algo como a voz celestial. Uma qualidade divina conquistada graças à junção da tecnologia ao desempenho musical humano.

Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Nat Cole, Simonal, Elis Regina, Pavarotti e Carreras: um grupo de cantores sobre-humanos. Apresentavam obras-primas musicais com suas vozes, suas técnicas desenvolvidas. Não desafinavam, e isso nunca nem foi cogitado com assunto pertinente a eles, mas um computador provavelmente iria descordar.

Talvez o fato seja que naquela época, esses cantores cumpriam desempenho superior, pois sabiam que eram a única solução ao desafio vocal na música. Hoje, computadores permitem novos horizonetes aos cantores e acho que qualquer resistência é frescura. Afinal, não se preocupa com a música e sim com uma ideologia. Música não é ideologia. Música é som, e se o som é bom, então está tudo ótimo.

Se o som é ótimo, então estamos muito bem. Por aí vai, é um assunto muito interessante, e acho que ainda dará muito pano à manga.

Abaixo está um link ao YouTube que explica essa bagunça de forma muito divertida:
http://www.youtube.com/watch?v=o6bCdZmSE7M&playnext=1&videos=1j4aHAseSzU&feature=rec-LGOUT-farside_rn-3r-9-HM

Procurem também o AUTO-TUNE THE NEWS, uma série de vídeos que usa tal auto-afinação de forma muito interessante, e acho que é entretenimento absoluto.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

CAMPANHA TT - TIRA TEIXEIRA (AGORA MAIS AINDA)

Como foi que a FIFA conseguiu transformar o futebol mundial numa rede que só favorece mafiosos? Eu já apoiava a campanha TT e hoje, pra reduzir minha tolerância à estaca zero, descubro que o Chelsea, do bilionário russo Roman Abramovich está prestes a comprar Neymar.
Ainda não caiu minha ficha, e o negócio não se concretizou, portanto aguardo. Só digo que mudarei de atitude se isso acontecer.

terça-feira, 20 de julho de 2010

CAMPANHA TT - TIRA TEIXEIRA

Não sei como isso só foi aparecer agora, mas parabéns a Eduardo Rocha Azevedo, um dos fundados da BM&F, e ex-Presidente da Bovespa. Foi dada a largada ao movimento para tirar Ricardo Teixeira (RT) do controle da CBF; CAMPANHA TT - TIRA TEIXEIRA.

Aliás uma bela sacada, visto que TT é a sigla pra Trending Topics, que representa frases, palavras ou assuntos que mais aparecem no Twitter.

Pesquisei os argumentos, e ainda concordo que está na hora de RT sair. O início de seu mandato na CBF foi em 1989, quando estávamos há quase 20 anos ganhar uma Copa. RT é casado com a filha de João Havelange, Presidente da FIFA na época. Pode-se elogiar RT, foi com ele no comando que o Brasil foi campeão em 1994 e 2002.

Como lembrou a Carta Capital, responsável por divulgar a campanha TT, ao voltar dos EUA em 1994, RT tentou burlar a alfândega como prêmio à delegação brasileira. Descobriram que na bagagem havia algumas toneladas de muamba, incluindo máquinas de chopp para um bar que RT parece que é dono, no Jockey do Rio.

Enfim, com altos e baixos, o futebol é importante ao povo brasileiro, e como nossos jogadores são um exemplo de talento e dedicação, também devia ser um exemplo a organização do futebol no país. Não entendi como é possível que a FIFA, uma organização sem estádios, sem grandes grandes despesas, possa ser quem receba os lucros da Copa. Poxa, a África do Sul saiu no prejuízo e a FIFA lucrou alguns bilhões? Não faz sentido.

Eu achava que só a CBF era corrupta, e só os clube brasileiros estavam em dívidas. A verdade é que todos os maiores clubes de futebol da Europa estão com dívidas astronômicas. Enquanto isso, FIFA e CBF acumulam fortunas imperiais. Será possível que os Europeus sejam tão cegos a tal ultraje?

Já que a sede da FIFA é na Europa, acho que só podemos esperar que nossos colegas de fanatismo futebolístico do velho continente façam a parte deles por lá, enquanto tentamos desmontar a CBF por aqui.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Que Dunga?

Confesso que tinha certeza quanto ao eventual fracasso de nossa seleção na África. Achei que acabaria por escrever aqui: "Dunga queimou minha língua", pois vimos um início de copa convincente e garanto que torci muito por esse post que assumiria meu equívoco sobre nosso técnico. Não aconteceu, e sofri durante poucos minutos após a derrota, pois meu tombo foi pequeno.

Não escrevo aqui hoje pra detalhar teorías conspiratórias, como em 2006: "Vai ganhar um time europeu, pois americanos (do sul) têm 9 copas (Brasil 5 + Arg. 2 + Urug. 2) e o velho continente tinha oito. Chegaram aos 9 em 2006, parabéns. Suponho algumas conspirações possíveis pra 2010, mas é um tipo de assunto que nunca será levado muito a sério.

Então vamos às razões práticas do mundo real, ou mundo que acredito ser real:
Primeiramente, não acredito que o talento de Kaká possa liderar uma equipe a conquistas como a Copa do Mundo. Robinho é mais novo e tinha tudo pra fazer a dupla invencível, ainda com Elano e L.Fabiano que completavam um quarteto com potencial de sobra pra levantar a Copa. Acontece que, mais que os jogadores, uma figura fez questão de tornar-se centro das atenções; Dr. Dunga.

Nunca esquecerei dele em 94, e já tinha me esquecido dele em 90. Agora Dunga deu um tiro no próprio pé do próprio currículo. Ele conseguiu redimir o fracasso de 90 com o tetra na copa seguinte, mas parece que fez questão de voltar ao status de vilão dos torcedores.

O mais fascinante é que Dunga fez tudo e mais um pouco pra consertar erros de 2006, e em 2010 vimos um final idêntico. É como um irmão mais novo que, pra não ser como o primogênito maluco, adota uma anti-personalidade. Deve existir alguma teoria na linha do bom e velho, "a ordem dos fatores não altera o resultado", pois se Parreira pecou por um extremo, Dunga pecou pelo extremo oposto. É um exemplo interessante da teoría da ferradura; o ferreiro errou feio nessa e a ferradura virou um círculo.

Não sei se é a imprensa que jamais permitira que um técnico anti-imprensa fosse campeão. O casaco de porteiro de hotel 5 estrelas juntou-se à jabulani e às vuvuzelas como personagens desse cômico, e ótimo mundial. Dunga passou recibo às provocações, e outro bom e velho chavão explica que, "cabrito bom não berra".

Algo que me pareceu realmente perturbador foi episódio dos palavrões que Dunga 'meio-que' falou pro Escobar; foi muito esquisito. Parecia a mistura de uma criança falando palavrões 'sem falar', pra não se ferrar com a professora, e um maléfico bruxo cantarolando feitiços e pragas. O sorriso dele naquele instante também é algo que provavelmente protagonizará pesadelos de muitas pessoas, ou muitos pesadelos meus mesmo, veremos (Por enquanto, acho que não).

E que fique claro: minha opinião sobre Dunga não tem nada a ver com Neymar ou Ganso. Torci muito para que ambos ficassem de fora da convocação. Essa não era pra ser nossa copa. Robinho ainda jogará em 2014, e terá os jovens gênios de Santos pra curar o eterno luto de 1950.

2010 foi uma copa muito interessante, e ainda não acabou. Torço pra Holanda mas em 2010, mais do que nunca, torci por bons jogos. A primeira fase mostrou poucos espetáculos, mas já nas oitavas fomos compensados com puro entretenimento.

Talvez prefira a Holanda pra dizer que o Brasil perdeu do campeão, ou então pra abafar esse auê da Espanha. Fúria? Por mim, continuarão furiosos.

domingo, 20 de junho de 2010

ANGLICISMOSation

Concordo que a internet estabeleceu o domínio do inglês na cultura do planeta. Defendo que nossa língua seja preservada, mas entendo que a palavra "site" não precisa ser 'sítio', mesmo que represente a correta tradução.

Acontece que anglicismos estão na moda, e na boca do povo. "Fui pra NIGHT mas tava muito CROWD, então saí, passei no DRIVE-THROUGH que também tava CROWD, então fui pra casa e pedi um DELIVERY.

Pior que isso, é o jargão no ambiente profissional. KNOW-HOW, PORTFOLIO, FOLDER; palavras mais usadas aqui do que nos EUA (ao menos é essa a sensação, mas não deve estar muito longe do fato estatístico). É ótimo que não existam frescuras como exigir que o termo 'mouse' seja traduzido, mas é algo que deve ser EXCEÇÃO.

Terminologia referente à 'web' é adotada em língua internacional porque é uma WORLD WIDE WEB. Quanto aos anglicismos gerais na linguagem, acredito que soam ridículo, projetam atitude pretenciosa e sabichona. Acho que pessoas que usam gírias em inglês, em geral, não passam do nível básico do domínio da língua britânica. Digo isso pois parece que representa uma relação de noções não-incorporadas do idioma; associam palavras isoladas, e adotam como parte do próprio vocabulário português. Seria melhor se expandissem o riquíssimo vocabulário de nossa língua, ou então que aprendessem inglês.

Durval Noronha publicou um livro com o título: RELEMBRANDO O PORTUGUÊS COM DICIONÁRIO DE ANGLICISMOS

Ele não faz parte de grupos conservadores exagerados, mas apresenta uma postura inteligente que resolve a situação do sumiço de nossa língua. É uma língua especial e merece melhor cuidado.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

ADEGA VARANDA

- Boa noite. O Sr. deseja algum vinho específico?

- Sim, tinto.

- Nacionalidade?

- Nacional.

quinta-feira, 25 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

BONS CURRÍCULOS

Há uns seis meses, a PepsiCo publicou um encarte que exibia a 'família completa' de marcas pertencentes à essa fabricante de refrigerante. A Pepsi sempre foi famosa por ser rival da Coca-Cola. Durante a infância, me contavam que testes cegos apontavam preferência pela Pepsi, e existia uma cobiçada receita secreta da Coca. Prefiro a Coca-Cola.

Achei o encarte da Pepsi surpreendente, pois entre as marcas expostas naquela 'família' de rótulos, estavam muitas figuras históricas; Aveia Quaker, Gatorade, Elma Chips (Ruffles, Doritos, Fandangos, Cheetos, Lays) Toddy, Atum Coqueiro, e outros rótulos menos famosos, mas muito famosos. Corporações de tal porte são impressionantes, mas algumas pessoas tem um currículo de quantidade e qualidade equivalente, e impressionam mais, pois são de indivíduos.

Quincy Jones: Produziu Off The Wall, Thriller, e Bad, albuns lançados por Michael Jackson. No currículo dele, estão também os seguintes feitos: Descobriu e lançou à fama alguns nomes como Aretha Franklin, Will Smith, e Oprah Winfrey, e é autor da música "Soul Bossa Nova", famosa como trilha da introdução do filmes Austin Powers.

Aloysio Faria: Fundou o Banco Real que hoje pertence aos holandeses, mas Dr. Aloysio ainda tem os seguintes empreendimentos em seu Império: Hotéis Transamérica, Rádio Transamérica, Águas Prata, Sorvetes La Basque, Banco Alfa, Teatro Alfa, e as lojas Conibra e Madeirense.

Mino Carta: (figura de currículo absurdo) Criou as seguintes publicações: Revista e Guia 4 Rodas, Veja, Istoé, Jornal da Tarde, e Carta Capital. A lenda narra que ele criou a 4 Rodas, e em seguida criou a revista Veja. Saiu da Editora Abril pois achou que a Veja estava 'pop' demais, ou comercial demais. Então criou a Istoé, e saiu pois ela também ficou pop. Criou o Jornal da Tarde, e não estou certo quanto à cronologia, mas hoje ele comanda sua própria publicação, a Carta Capital.

Lee Iacocca: Após carreira meteórica, assumiu a vice-presidência da Ford nos EUA e criou o Mustang, modelo que alavancou a empresa à novo patamar em vendas. De quebra, também criou o Ford Fiesta entre outros modelos históricos. Após um desentendimento com Henry Ford II, mesmo com um lucro de U$2 bilhões naquele ano.
A Chrysler então partiu pra cima, visto que passava perto de situação falimentar, e Iacocca foi contratado. Criou o Dodge Caravan que obteve grande sucesso, e também conduziu a compra da AMC, que trouxe a marca Jeep à Chrysler. Daí surgiu o Cherokee, que foi lançado no início dos anos 90, pouco antes de Iacocca se aposentar.

Alguns compositores que ostentam listas de obras surpreendentes em quantidade e qualidade: Stevie Wonder, Burt Bacharach e John Williams. Os dois primeiros tem uma lista famosa de sucessos, mas são as obras menos conhecidas que estabelecem a magnitude do talento deles. Já John Williams é o compositor de trilha sonora para filmes, entre elas: Guerra na Estrelas, Tubarão, E.T., Jurassic Park, O Poderoso Chefão, De Volta Pro Futuro, Super Homem, etc.

sábado, 13 de março de 2010

DOG YEARS

"Dog years" é uma expressão idiomática do bom e velho Inglês e define um conceito interessante; a proporção etária entre humanos e cães. A média aponta à expectativa de vida mais curta de cães, que vivem uns dez anos. Portanto, um ano aos cães equivale-se a sete anos humanos.
Esclareço o conceito com o seguinte exemplo: meus cães nasceram em 2005, portanto completam cinco anos de idade (voltas ao redor sol), mas têm 'maturidade' equivalente a trinta e cinco 'anos humanos'.
"Dog years" refere-se a cada ano de vida canina representar o mesmo que sete anos de idade humana. Em seu primeiro ano de vida, o cão é uma criança. Aos dois, já está na adolecência (14 anos humanos). Ao três anos de vida, chega à maioridade (21 anos) e entra na etapa 'adulta', e assim por diante.

Vemos agora uma mudança de parâmetro, pois geladeiras antigas duram/duravam 30 a 40 anos e hoje 'duram' cinco anos. De acordo com uma notória conspiração, grandes empresas vendem produtos descartáveis para que o consumidor compre, não por novas tecnologias que surgem, mas principalmente porque atualmente uma geladeira não é feita pra durar mais que uma década.

Em outras palavras, com a corrida de 'tornar toda inovação obsoleta e superada antes mesmo de chegar às lojas', "cães até que têm uma expectativa de vida bem longa". Com tudo descartável, a indústria de massa dá risada da cara de cada um de nós consumidores. Também dou risada, mas por outras razões.

http://www.rirparanaochorar.com.br/