sexta-feira, 13 de agosto de 2010

TRÂNSITO PARADO

Hoje, o clichê do taxista falante me serviu às palavras que seguem; fiquei surpreso pois o motorista ficou exaltado em reclamação da falta de espaço nas vias paulistanas. Contei a ele que trânsito parado não me incomoda.

A solução é encontrar formas de aproveitar o tempo perdido dentro do carro, parado ou a baixa velocidade do "engata, desengata". Aliás, lembro quando fiz 18 anos e dirigia ao colégio mas morava muito longe. Pegava uma avenida travada todo dia, e ficava irritado que o "engata, desengata" não permitia um cochilo no trânsito.

Sou baterista/percussionista, e percebi há muito tempo que o tempo perdido era perfeito pra estudar rudimentos de percussão. Seja com a baqueta em uma das mãos, que aplica exercícios repetitivos e necessários ao ofício musical. Pandeiros são alternativas mais animadas, e até cavaquinhos, aos que estudam as cordas; sempre há como aproveitar o tempo perdido.

Há 2 ou 3 anos, vi uma palestra de Ken Fujioka (quem?), um famoso publicitário que apresentou fatos interessantes: "o tempo é a nova moeda". Lembro que uma personagem que apareceu num único episódio de Chapolim era um super-herói estadunidense, interpretado pelo cara que fazia Seu Madruga, dizia "time is money".

Antigo ditado/chavão que acho que ouvi no Chapolim pela primeira vez. Ken Fujioka reforçou esse conceito, cada vez mais verdadeiro e aplicável.

O taxista respondeu que assiste filmes no dvd, que não é exatamente do que falo, mas serve. Ideal seria se telas fossem pregadas no pára-brisas. Assim o trânsito permaneceria no campo de visão do motorista. Tem horas que estou cansado, e ouço boas rádios (Aliás, acho que meu próximo post será sobre vantagens de ouvir rádio. A principal: sempre ouvir música boa que nunca ouvimos antes) e quando canso de música, ouço CBN, Jovem Pan AM, sempre uma maneira de valorizar o tempo perdido.

Portanto, descubra maneiras de valorizar seu tempo. Tricô, cubo-mágico, sudoku, desenho ou até leitura. Possibilidades são infinitas, e só alerto ao cuidado: não causar acidentes. Portanto, se for ler ou fazer sudoku, coloque o livro no topo do volante. Assim, o pára-brisa não saíra de seu campo de visão.

Já bati o carro trocando CD's, mas nunca enquanto estudava rudimentos de percussão. É só estar atento ao fluxo, e lembre-se de manter distância do carro da frente. Se você brecar de forma repentina e não bater, e o carro de trás entra em colisão com o seu, azar o dele.

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