quarta-feira, 11 de agosto de 2010

VEJA SÓ

Como publicação, a Veja tem suas qualidades. Uns dizem que, "virou um catálogo". O que mais critico é uma série de elementos previsíveis; sempre há ao menos uma foto bem erótica de uma mulher, normalmente na seção de citações (Panorama) ou na seção de notas curtas (Gente).

Critico a previsibilidade pois semana passada, Sra. Brunet estava monumental. Portanto, a previsão é sempre de que a foto seja desconcertante.

A capa da Veja mais recente (11/08/2010) trouxe manchete interessante aos que gostam da arte escrita. Não gostei da matéria, mas um quadro específico na última página me espantou.

"A BOA POLÍTICA DE IMPORTAÇÕES"

Detalhava assunto que há tempos discuto, e tive a sorte de colocar neste blog antes da matéria ser publicada.

Chegou a tal ponto que, abri o blog e comparei com o que dizia o quadro e a chance de reclamar direito autoral bateu na parte externa da trave. O quadro, com o título que coloquei acima entre aspas, aborda o anglicismo (sem usar esse termo) e suas variações atuais na linguagem popular. Primeiro, apresenta exemplos de palavras "Use à vontade"; Show, Mouse, Site, E-mail, Download.

1. Meu texto (escrito em 20/06/2010) tem a seguinte como segunda frase: "...entendo que a palavra 'site' não precisa ser 'sítio'..."

Na Veja: "Site - 'Sítio' soa muito lusitano e é muito pouco utilizado".
Aí a revista usou o mesmo exemplo, e concordou comigo.

2. Mais adiante, escrevi: "É ótimo que não existam frescuras como exigir que 'mouse' seja raduzido, mas é algo que deve ser EXCEÇÃO."

Na Veja: "Mouse - 'Rato' seria um equivalente um tanto asqueroso".

Aí a revista também usou o mesmo exemplo, e concordou comigo.

3. Ainda coloquei 'Delivery' como anglicismo da moda, e ao contrário do que detalhei sobre os exemplos acima, não concordei com seu uso.

Na Veja: 'Deliverar' é apresentado como derivado de "to deliver". Não entrarei no assunto referente à tradução dada pela Veja, mas o fato é que usou um exemplo quase igual ao meu, e concordou comigo mais uma vez.

Já que este blog não tem alcance e talvez até nenhum leitor, assumo a coincidência com a qual fico orgulhoso. Cantei a bola, acertei nas opiniões (posto que opiniões da Veja tenham credibilidade) e posso afirmar que as semelhanças estão no limite entre o normal e o "opa, peraê".

Fiquei contente, pois não gosto dessa linguagem 'fashion'.


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